sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Conclusão

Concluímos que o clima não diz respeito às condições atmosféricas de um dado instante. Ele consiste numa “média” do padrão de condições climáticas em uma região num período de mais ou menos trinta anos. Além disso, há fatores que influenciam na composição do clima, como a umidade atmosférica, ventos, massas de ar, correntes marítimas, radiação solar, entre outros. Essa variedade de aspectos ajuda na delimitação dos tipos de climas em diferentes lugares. Relevemos alguns, como Equatorial, Tropical, Temperado, Polar, etc. Esses perfis descrevem desde pontos mais simples como a noção de calor e frio, como também aqueles mais complexos, como estações do ano, umidade, etc. A ação do homem com a queima de combustíveis fósseis tem, nos últimos anos, contribuído fortemente para mudanças climáticas, como o Aquecimento Global.

Talvez, em alguns anos, tenhamos novos tipos de climas, ou talvez alguns deles desapareçam. Isso, só o tempo irá nos dizer.

Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas são uma alteração permanente nas características do clima e aconteceram várias vezes no passado, por causas naturais. Contudo, as atividades humanas, em especial aquelas que utilizam combustíveis fósseis, tem influenciado a ocorrência desse tipo de evento, por meio da alteração do equilíbrio climático do planeta. A causa central deste fenômeno é a intensificação do efeito estufa, que modifica o modo com que a energia solar interage com a atmosfera, provocando graves conseqüências. Alguns fatos que apontam as mudanças climáticas nos últimos 15 anos são alterações bruscas em características básicas das estações do ano em várias partes do planeta, como temperatura e ocorrência de chuvas ou aumento desconhecido nas últimas décadas de fenômenos imprevistos como vendavais, ciclones e enchentes. E também o aquecimento global.

Tipos de Climas do Mundo

Duas áreas em diferentes lugares do planeta nunca terão o mesmo clima. O que elas podem ter em comum é uma definição feita para tornar compreensíveis os complexos modelos climáticos existentes. Essas classificações são dividias em dois grupos fundamentais:
-Classificação estática ou genérica: Baseia-se no comportamento dos elementos climáticos ou em suas características gerais, como, por exemplo, a classificação de Köppen. Essa classificação, baseada nos elementos climáticos de temperatura e pluviosidade, apresenta cinco tipos de climas principais, que são representados por letras maiúsculas. Cada um destes se subdivide em outros grupos.

-Classificação dinâmica ou genética: Baseia-se no estudo dos elementos que explicam as causas do clima ou de sua dinâmica, como, por exemplo, a classificação de Strahler, que se fundamenta no controle do clima pelas massas de ar. Ela distingue três grupos: os de latitudes baixas, massas de ar tropicais e equatoriais, os de latitude media, massas de ar tropicais e polares, e os de latitude alta, massas polares e árticas ou antárticas.

Os principais tipos de clima são:

Equatorial: Ocorre em zonas equatoriais;, é caracterizado por temperaturas altas e grande concentração de umidade. Os índices pluviométricos e as médias anuais de temperatura variam de acordo com o lugar.

Tropical: Tem duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa. A primeira ocorre entre os meses de maio a setembro e a segunda de outubro a abril. Os índices pluviométricos são de 1.000 a 2.000 mm.

Subtropical: Apresenta uma grande amplitude térmica no decorrer do ano, as chuvas são distribuídas e há quedas de temperatura na estação do inverno, podendo nevar. No verão as temperaturas são semelhantes ao tropical.

Temperado Oceânico: Também chamado de maritimidade, o mar influencia as temperaturas fazendo o inverno menos frio, além de amenizar a estação do verão.

Temperado Continental: Ocorre uma grande diferença de temperaturas entre inverno e verão. Isso significa que no inverno as temperaturas são extremamente baixas e no verão extremamente altas.

Mediterrâneo: Nesse restrito clima é possível perceber todas as estações do ano, apresentando verões quentes e invernos chuvosos.

Desértico: Enorme amplitude térmica e índices pluviométricos baixos, em torno de 250 mm.

Semi-árido: Possui temperaturas elevadas durante o ano e chuvas irregulares, por isso os índices pluviométricos não superam 600 mm anuais.

Subpolar: Os índices pluviométricos variam de 200 a 1.000 mm ao ano, na estação do inverno as temperaturas são abaixo de 0ºC e no verão se elevam para uma média de 10ºC.

Polar: é caracterizado pela presença constante de neve e gelo e as temperaturas registradas sempre se encontram abaixo de zero. Os invernos são extremamente rigorosos e os verões, secos.



Elementos do Clima

- Água na Atmosfera: Quanto maior a umidade atmosférica, ou seja, quanto mais vapor d’água na atmosfera, mais o clima vai ser regulado por ela e pelas precipitações que as gotículas irão trazer em forma de nuvens. Há quatro tipos de nuvens que geram precipitações diferentes: os cirros (as nuvens mais altas com aspecto fibroso), os cúmulos (nuvens relativamente altas que lembram flocos e podem originar chuvas de granizo e temporais), os estratos (nuvens relativamente baixas com forma horizontal) e os nimbos (as nuvens mais baixas, normalmente escuras e que provocam chuvas). Quanto mais chuvas, mais o local será umido. As chuvas são o tipo mais normal de precipitação. Há basicamente 3 tipos de chuvas: as chuvas frontais, causadas pelo encontro de uma massa fria e seca com outra quente e úmida, típicas das latitudes médias, como as de inverno; as de convecção, provocadas pela intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas como florestas, cidades e oceanos tropicais; e as orográficas, que ocorrem quando os ventos úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa. Outros tipos de precipitação são a neve, um fenômeno meteorológico que consiste na queda leve, moderada ou forte de cristais de gelo e o granizo, precipitação composta por pedras de gelo que podem medir 5 mm ou ser até do tamanho de uma laranja.


- Pressão Atmosférica
: É a força
que age da atmosfera sobre a superfície terrestre. Ou seja, uma pressão exercida sobre os corpos. A pressão atmosférica varia de acordo com as estações do ano. É maior no verão do pólo sul (quando atinge seu valor máximo) e norte; tendo valores mínimos nos equinócios. Conforme as características de pressão atmosférica (fatores importantes nas direções do deslocamento dos ventos), os ventos são direcionados predominantemente de uma maneira que gera áreas de maior e menor precipitação, isto é, a direção dos ventos acarreta na formação de áreas de maior e menor regime de chuvas.

- Temperatura Atmosférica: A temperatura atmosférica é um dos elementos climáticos mais importantes. Corresponde ao estado térmico do ar atmosférico, ou seja, ao estado de “frio” ou de “calor” da atmosfera. É medida por meio de aparelhos chamados termômetros. Quanto às escalas de temperatura, a que mais se usa é a Celsius. Quanto mais perto do Equador, mais quente a temperatura será; quanto mais perto dos pólos, mais frio. O ar seco aquece e arrefece mais depressa que o ar úmido e, por isso, dizemos que a umidade modera a temperatura. Deste modo, os lugares mais próximos do mar têm amplitudes térmicas mais fracas. Ou seja, a temperatura varia principalmente por causa da latitude e da posição da Terra na sua órbita ao redor do Sol. Além disso, influenciam também a altitude, a distribuição dos oceanos e continentes da Terra, o relevo, a vegetação, as correntes marítimas e até a urbanização.

- Ventos: São deslocamentos de ar das zonas de alta pressão, chamadas de anticiclonais (dispersoras de ventos) para zonas de baixa pressão, chamadas ciclonais (receptoras de ventos). Quanto à velocidade, o seu deslocamento será mais rápido quanto maior for à diferença de pressão entre as duas áreas. Podendo ocorrer, nessas situações, vendavais ou ventos fortes como furacões e tornados.
Os ventos podem ser constantes, ou regulares, periódicos, variáveis, ou irregulares, e locais. Os principais tipos são: constante
s (alísio e contra-alísio) e periódicos (brisa, monção, variáveis ou irregulares, locais). Os ventos alísios são os que sopram constantemente dos trópicos para o equador, em baixas altitudes. E os contra-alísios sopram do equador para os trópicos, em altitudes elevadas. As monções são ventos que sopram, durante o verão, do Índico para a Ásia Meridional e, durante o inverno, da Ásia Meridional para o oceano Índico. Já as chamadas brisas são ventos periódicos que sopram, durante o dia, do mar para o continente e, durante a noite, do continente para o mar.
Abaixo temos a Escala Beaufort, esta qu
antifica a intensidade dos ventos, tendo em conta a sua velocidade e os efeitos resultantes das ventanias em terra. Foi desenhada pelo meteorologista Francis Beaufort no início do século XIX. Na década de 1830, a escala de Beaufort já era amplamente utilizada pela Marinha Real Britânica.


- Massas de Ar: São grandes volumes de atmosfera que apresentam características de pressão, temperatura e umidade, conforme os seus locais de origem. Na zona Intertropical formam-se massas quentes de ar, já nas zonas Glaciais formam-se as massas frias ou polares. Estas massas de ar por outro lado, podem ser úmidas caso se formem no oceano, ou secas se foram formadas no continente. As áreas de transição entre duas massas de ar são chamadas de frentes. O encontro de duas massas de ar, uma fria, geralmente seca, e outra quente e úmida, causa mudanças significativas no tempo, trazendo nuvens e chuvas. O ar quente, mais leve, eleva-se p
or cima do ar frio, mais denso. Se o ar frio predominar, haverá uma frente fria; se, ao contrário, o ar quente avançar, teremos uma frente quente.



- Correntes Marítimas:

As correntes marítimas são movimentos de grandes massas de água dentro de um oceano ou mar, podendo ser tanto quentes quanto frias. As massas de água que se locomovem não interagem com as águas dos lugares que percorrem, mantendo assim, suas características como cor, salinidade e temperatura.

A sua formação vem da circulação dos ventos na superfície e pelo movimento de rotação da Terra, que faz com que as correntes migrem para direções contrárias, movendo-se no sentido horário no hemisfério norte, e anti-horário, no hemisfério sul.

As correntes quentes formam-se nas áreas equatoriais, e vão em direção aos pólos, onde levam calor para o ar atmosférico. As correntes frias formam-se em locais de alta altitude, e migram para as zonas equatoriais, provocando queda da temperatura em áreas litorâneas próximas.

Além de influir na temperatura, as correntes marítimas também influem na umidade. As massas de ar quente provenientes do Pacífico, por exemplo, são resfriadas e ocasionam chuvas devido às correntes. Elas chegam secas ao litoral e ao interior das Américas, o que causa a existência de alguns dos maiores desertos deste continente.



- Radiação Solar: Devido ao seu calor intenso, o Sol emite grandes quantidades de energia que se propagam pelo espaço. Essa energia é denominada radiação solar e, ao atingir a Terra, é absorvida em 64% e o restante é emitido de volta para o espaço. Essa energia absorvida é fundamental para o funcionamento da atmosfera terrestre, pois a energia utilizada pela Terra é quase toda (99%) retirada da radiação solar; é o motor que impulsiona o clima: ao ser absorvida pela água do oceano se transforma em calor que a faz evaporar formando as nuvens e estas se precipitam na forma de chuva. Além disso, é a radiação solar que mantém a temperatura da Terra propícia à vida, com o fenômeno natural denominado Efeito Estufa. Existem gases na atmosfera que "seguram" a radiação, impedindo que ela se dissipe totalmente. A figura abaixo exemplifica claramente como ocorre esse processo:




Porém, com a poluição e queima de combustíveis fósseis, vem ocorrendo um aumento na quantidade de gases estufa, o que faz com que a atmosfera retenha mais calor do que deveria. É isso que chamamos de Aquecimento Global. O vídeo abaixo trata deste tema e traz uma breve explicação também sobre o Efeito Estufa.



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